A bem da verdade, estamos observando que a economia brasileira está em franca recuperação, ainda que modesta, e a União Europeia enfrenta os resultados da aceitação em seu bloco de países que pouco contribuíram e muito prejudicaram (como por exemplo Portugal e Grécia). E o Brasil, que durante anos perdeu muitas oportunidades de ligações econômicas mais interessantes, continuo preso ao degradante Mercosul, que pouco ofereceu de concreto ao crescimento da nossa economia.
Agora estamos enfrentando de maneira mais crucial os gargalos de nossa economia: as deficiências em infraestrutura e mão de obra de baixa qualidade. E é justamente nestes dois pontos que a Europa leva vantagem sobre o Brasil, podendo usar estes trunfos na sua própria recuperação econômica. De fato, muitos profissionais europeus estão migrando para os países sul-americanos, sobretudo o Brasil, dando vazão à sua mão de obra excedente; curiosamente, um efeito econômico semelhante ao acontecido nos primeiros momentos da industrialização, onde levas de imigrantes europeus "invadiram" a América do Sul em busca de trabalho.
Os desafios brasileiros são tão antigos quanto, a se considerar nossas atuais perspectivas, difíceis de serem solucionados: capacitar nossa mão de obra e estabelecer uma infraestrutura capaz de revitalizar nossos produtos, atualmente em condições desvantajosas para com os produtos estadunidenses e até mesmo europeus.
Do ponto de vista turístico, o Brasil também sofre com a falta de profissionais gabaritados para receberem os turistas, seja pela falta de conhecimento dos principais idiomas falados no mundo (como o inglês e o francês), mas também por uma falta de conhecimentos básicos para se recepcionar bem os turistas, como falta de cordialidade e até mesmo o controle adequado do idioma materno, o português.
Sendo assim, os empresários do setor turístico devem tentar, na medida do possível, cumprir o papel que a priori deveria ser cumprido pelo Estado: investir em educação de seus colaboradores, a ponto de capacitá-los a receber melhor os turistas e, dessa forma, recuperar o Brasil de uma vergonhosa situação no setor turístico, se comparado a outros países do mesmo porte. Educação e Infraestrutura, bem como investimento na capacitação, devem ser as medidas prioritárias para fugir aos gargalos que entravam o crescimento econômico, bem como turístico, de nosso país.
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